Capítulo 1 – O cuidado de Deus
Neste capítulo a autora fala duas testemunhas do amor de Deus: a natureza e a Revelação. Um belo texto aparece aqui, descrevendo a natureza criada pelo Pai celestial:
““Deus é amor” está escrito em cada botão de flor que se abre e em cada folha que cresce no campo. Os belos pássaros, que alegram o ar com seus alegres cantos, as flores, perfeitas e delicadamente coloridas, que perfumam o ar, as árvores frondosas da floresta, com sua exuberante e viçosa folhagem — tudo dá testemunho do cuidado paternal do nosso Deus e do desejo que Ele tem de tornar os Seus filhos felizes”. (EGW)
Através de tais belezas, Deus revela seu amor por nós e “liga nosso coração por inúmeras provas no Céu e na Terra”.
No entanto, infelizmente em determinado momento Satanás questionou tais provas e deturpou a imagem de Deus para o homem, apresentando-o como um tirano egoísta. Tal dúvida imputada na raça humana tornou necessária a encarnação de Cristo para, como homem, viver e morrer entre os homens. Sua vida, Suas obras e Sua morte provaram então o verdadeiro caráter do nosso Criador.
“Quanto mais estudarmos os caráter divino à luz que vem da cruz, tanto mais veremos a misericórdia, a ternura e o perdão aliados à equidade e à justiça, e tanto mais claro discerniremos as inumeráveis provas de um amor que é infinito, e de uma terna compaixão que sobrepuja o amor anelante de uma mãe para com o filho extraviado” (EGW)
Capítulo 2 – A Ponte Sobre o Abismo
Quando o homem saiu das mãos do Criador era um ser perfeito. No entanto, após o pecado, o egoísmo tomou o lugar do amor e tal ser, outrora amigo de Deus, foi separado de seu Criador por um grande abismo chamado “pecado”. Um abismo tal do qual não podia, por seus próprios méritos e esforços, sair. Foi este o plano de Satanás: fazer com que o homem se afastasse de Deus para frustrar Sua obra como Criador.
Sua funesta obra teve resultados. De fato, a escritura apresenta vários textos que deixam clara a impotência do homem diante do pecado
“Quem do imundo tirará o puro? Ninguém!” Jó 14:4.
“A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.” Rom. 8:7.
“A educação, a cultura, o exercício da vontade, o esforço humano, todos têm sua devida esfera de ação, mas neste caso são impotentes. Poderão levar a um procedimento exteriormente correto, mas não podem mudar o coração; são incapazes de purificar as fontes da vida. É preciso um poder que opere interiormente, uma nova vida que proceda do alto, antes que os homens possam substituir o pecado pela santidade. Esse poder é Cristo.” (EGW).
Sim! Deus providenciou o maior livramento de todos os tempos: Cristo, A Ponte Sobre o Abismo! Ele mesmo disse: “ninguém vem ao pai senão por mim”. Também apareceu a Jacó como a escada entre a Terra e o Céu. Cristo é a escada que nos liga ao Pai. Precisamos deste poder para transpormos o abismo existente entre nós e o Criador.
“Oh! consideremos o maravilhoso sacrifício que foi feito por nós! Procuremos avaliar o esforço e energia que o Céu dedica para reivindicar os perdidos e reconduzi-los ao lar paterno.” (EGW)
Capítulo 3 – Mudança de Rumo
Apesar de Cristo ser a ponte sobre o abismo que o pecado gerou entre Deus e o homem, este somente pode se reconciliar com Deus mediante verdadeiro arrependimento. No entanto, tal arrependimento só é possível por meio de Cristo! Que confuso! Mas isto é: somente por Cristo podemos vencer o pecado e mudar o rumo da nossa história.
O verdadeiro arrependimento compreende não só tristeza pelo pecado mas também o afastamento do mesmo. Muitas pessoas se entristecem pelo pecado não por ele ser pecado, mas porque temem o sofrimento que ele pode causar. A bíblia menciona vários exemplos de pessoas que lamentaram perdas por causa de sua iniquidade, mas não tiveram verdadeiro arrependimento: Esaú, Balaão, Judas, Faraó, etc.
O pecador sinceramente arrependido olha para Cristo e vê que se encontra em profunda miséria, que jamais poderá, por seus esforços, ser tal qual é Cristo. O arrependimento que olha para si mesmo é egoísta e jamais poderá ser sincero.
A bíblia não ensina que devemos nos arrepender antes de se entregar a Cristo. “Cristo é a fonte de todo bom impulso” (EGW). Ele é quem fará a mudança completa na nossa vida.
“O mesmo poder divino que opera nas coisas da natureza fala ao coração dos homens, neles criando um desejo inexprimível de algo que não possuem.” (EGW)
No entanto ninguém deve acreditar que Deus, em seu grande amor e misericórdia, salvará aqueles que rejeitam sua graça. Tal pensamento desvaloriza a cruz de Cristo. Foi somente por não haver outra forma de salvar o homem que Jesus se sacrificou na cruz do calvário. Grande foi o resultado do pecado e aqueles que não entregarem suas faltas diante da cruz de Cristo jamais poderão alcançar Sua misericórdia.
“Não consideremos o pecado coisa trivial” (EGW)
O que devemos fazer?
“Ao verdes a enormidade do pecado, ao vos verdes a vós mesmos tais quais sois, não vos entregueis ao desespero. Foi para salvar a pecadores que Cristo veio. […] Quando Satanás se chega a vós para vos dizer que sois grande pecador, erguei os olhos ao vosso Redentor, e falai de Seus méritos.” (EGW)
Capítulo 4 – Abra o Coração a Deus
As condições para alcançar misericórdia do Senhor são “simples, justas e razoáveis” (EGW).
Infelizmente muitos acreditam que tenham que pagar de alguma forma para receber o perdão de Deus quando na verdade Ele só requer de nós o arrependimento genuíno.
O Senhor se entristece e o ser humano não alcança Sua misericórdia quando apresenta justificativas para o pecado. Assim foi com Adão e Eva, que culparam as circunstâncias, um ao outro e até mesmo o próprio Deus pelo seu erro.
O verdadeiro arrependimento assume totalmente a culpa pelo pecado. Assim o fez Paulo, dizendo: “…eu sou o pior dos pecadores”.
“O que também fiz em Jerusalém. E, havendo recebido autorização dos principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e quando os matavam eu dava o meu voto contra eles.
E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os persegui.” Atos dos Apóstolos 26:10-11
As confissões também devem ser específicas e claras nos pecados cometidos. Também o pecado contra outro ser humano deve ser confessado, além de ao próprio ser humano, ao Senhor, que é Aquele que é dono de tudo, de todos nós.
A boa notícia é que a salvação é muito simples:
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” 1 João 1:9
Capítulo 5 – Consagração
Por natureza, estamos na condição de escravos de Satanás. Para que possamos ser libertos, temos que entregar nosso coração INTEIRAMENTE ao Senhor. Precisamos nos submeter COMPLETAMENTE a Deus e isso implica renunciar tudo que porventura nos separe dEle.
“Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” Lucas 14:33
Para alguns, deve ser renunciado o dinheiro, para outros a fama e honra mundanas são as cadeias que os prendem a Satanás. Outros ainda tem por ídolo uma vida de comodidade.
Existem também pessoas que professar seguir ao Senhor mas confiam em seus próprios méritos para segui-lo. Essas pessoas necessitam renunciar o próprio eu. Alguns julgam ser difícil renunciar tudo para seguir a Jesus, mas veja o que diz a inspiração:
“Entretanto, a que renunciamos nós, ainda que renunciemos a tudo? — A um coração poluído pelo pecado, para que Jesus o purifique, lavando-o em Seu próprio sangue, e o salve por Seu inefável amor. E ainda os homens acham difícil renunciar a tudo! Envergonho-me de o ouvir, acanho-me de o escrever! ” (EGW)
“Deus não exige que renunciemos a coisa alguma cuja conservação nos seja de proveito.” (EGW)
Não devemos ter apenas o desejo pela bondade, mas sim devemos efetuá-la.
“O desejo de bondade e santidade é, em si mesmo louvável; de nada, porém, valerão essas virtudes, se ficarem somente no desejo. Muitos se perderão enquanto esperam e desejam ser cristãos. Não chegam ao ponto de render a vontade a Deus. Não escolhem agora ser cristãos” (EGW)
Precisamos escolher obedecer:
“Entregando a Cristo o vosso querer, aliai-vos com o poder que está acima de todos os principados e potestades. Tereis força do alto para estar firmes e, assim, pela constante entrega a Deus, sereis habilitados a viver a nova vida, a vida da fé. “
Capítulo 6 – Um Direito Seu
Quando começamos a ser tocados pelo Espírito Santo, dia a dia nossa consciência vai sendo despertada para o pecado. Desse modo, começamos perceber o que é de fato o pecado e, o pior, a sua malignidade, culpa, poder de aprisionar, etc. Nessa etapa da vida cristã começamos a sentir aversão ao pecado, dado que passamos a conhecer sua verdadeira natureza. É aí que começamos uma triste luta contra o pecado, de modo a procurar não praticá-los mais. Percebemos então que, quanto mais tentamos nos livrar dos nossos pecados, mais falhamos e mais vemos nossos erros e falhas de caráter.
Queremos então libertação dos nossos pecados e não sabemos como alcançá-la. A receita que a autora traz nesse livro é:
“[…] perdão, a paz e o amor celestes em vossa alma. O dinheiro não a pode comprar, não a consegue a inteligência nem a sabedoria a alcança, mas Deus vo-la oferece como um dom, sem dinheiro e sem preço.” (EGW)
Devemos então ir ao Senhor e pedir perdão pelas nossas falhas e confiar de que Ele realmente vai nos perdoar como prometeu. Quando Jesus disse ao paralítico: “levanta-te e anda”, ele não esperou Jesus dizer que estava curado para levantar, apenas obedeceu a ordem de Jesus e creu que já estava curado. Semelhante trabalho Jesus faz hoje, Ele somente diz para irmos a Ele e acreditarmos que Ele pode nos curar de nossos pecados.
“Julgam alguns que têm de submeter-se a uma prova e demonstrar primeiro ao Senhor que estão reformados, antes de poder pedir Sua bênção. Mas podem invocar a bênção de Deus agora mesmo. Necessitam de Sua graça, do Espírito de Cristo, que lhes ajude as fraquezas; do contrário, não poderão resistir ao mal.” (EGW)
Capítulo 7 – A Obediência é um Privilégio
Em alguns casos, as pessoas não conseguem se lembrar exatamente em que momentos ou como se deu sua conversão. Isso não indica que essas pessoas não estão convertidas. O Espírito de Deus trabalha silenciosamente convencendo corações ao arrependimento. Apesar do trabalho sutil do Espírito Santo, a pessoa convertida não pode esconder a transformação que ocorreu em sua vida. Isso é algo nítido, facilmente notado.
Pode também haver um “modo de proceder exteriormente correto” (EGW), sem que a pessoa esteja convertida. Como podemos saber de que lado estamos? Eis a resposta:
“Quem possui nosso coração? Com quem estão nossos pensamentos? Sobre quem gostamos de conversar? Quem é o objeto de nossas mais calorosas afeições e nossas melhores energias? Se somos de Cristo, nossos pensamentos com Ele estarão, e nEle se concentrarão as nossas mais doces meditações. Tudo que temos e somos a Ele será consagrado. Almejaremos trazer a Sua imagem, possuir Seu Espírito, cumprir Sua vontade e agradar-Lhe em todas as coisas. ” (EGW)
Dois erros devem ser evitados pelo verdadeiro cristão:
1. Confiar nas próprias obras para obedecer à lei de Deus:
“Aquele que procura tornar-se santo por suas próprias obras, guardando a lei, tenta o impossível” (EGW)
2. Crer que Deus isente o homem da prática da lei:
“A condição de vida eterna é hoje justamente a mesma que sempre foi – exatamente a mesma que foi no paraíso, antes da queda de nossos primeiros pais – perfeita obediência à lei de Deus, perfeita justiça.” (EGW)
O que fazer então? Preciso obedecer perfeitamente a lei para ter a vida eterna, mas não consigo isso! Esses textos mostram que Cristo é o único caminho para a salvação!
“Cristo mudará o coração. Nele habitará, pela fé. Pela fé e contínua submissão de vossa vontade a Cristo, deveis manter essa ligação com Ele; e enquanto isso fizerdes, Ele operará em vós o querer e o efetuar, segundo a Sua vontade.” (EGW)
“Quanto menos virmos em nós mesmos digno de estima, tanto mais havemos de ver digno de estima na infinita pureza e amabilidade de nosso Salvador. A vista de nossa pecaminosidade impele-nos para Ele, que é capaz de perdoar; e quando a alma, reconhecendo o seu desamparo, anseia por Cristo, Ele Se revelará em poder.”
Capítulo 8 – Crescimento em Cristo
A bíblia utiliza várias ilustrações como paralelo para nossa experiência com Cristo: o (novo) nascimento, a germinação de uma semente, o crescimento de uma criança, o crescimento de uma planta, de um flor… Elas não crescem por próprios esforços, mas por receberem o que Deus lhes forneceu para servir à vida. Também assim como a flor se volve para o sol, devemos nos voltar para o Sol da justiça, para que cresçamos pelo seu brilho.
Jesus ensina que se não permanecermos nEle jamais poderemos ter vida, assim como um ramo cortado de sua árvore. Muitos acreditam que depois que Jesus transformou sua vida, devem se esforçarem para anda em retidão. Esses esforços sempre fracassam pois a essência do evangelho é a graça de Cristo, única e suficiente para nos propiciar tudo, inclusive vontade para andar em retidão. Isso é alcançado por meio da comunhão com Cristo, a qual devemos buscar a cada manhã “permanecendo nEle”. Devemos entregar a Ele todos os planos para o nosso dia.
Os discípulos eram “homens sujeitos às mesmas paixões que nós”, porém procuraram estar sempre com Cristo e mesmo depois de Sua ascenção, sentiram a presença dEle todo o tempo. Da mesma forma Jesus quer hoje que busquemos estar com Ele. Ele orou para que fôssemos um com Ele assim como Ele é com o pai!
“Trabalharemos como Ele trabalhou; manifestaremos o mesmo espírito. E assim, amando-O e nEle permanecendo, havemos de crescer ’em tudo nAquele que é a cabeça, Cristo'” (EGW)
Capítulo 9 – Atividade e Vida
Deus é a nossa fonte de vida e a alegria de Cristo quando esteve nesta terra estava em redimir homens caídos.
Quando o amor de Cristo está em nosso coração, não pode ser ocultado mas será sentido por todas as pessoas com quem entrarmos em contato. O amor de Cristo também provocará em nós o desejo de trabalharmos de forma abnegada pela sua obra. Seremos mais semelhantes a Cristo, que nunca considerou seus próprios interesses.
Algumas pessoas não se envolvem na obra de Deus por acharem que não têm talentos e que somente atividades “especiais” devem ser consideradas a obra de Deus. Penso que a autora se refira aos talentos como pregação, música, atividade social, etc. No entanto, o verdadeiro relacionamento com Cristo deve ser faminto por realizar sua obra:
“Se vos puserdes a trabalhar como Cristo determina que Seus discípulos o façam, e conquistar almas para Ele, sentireis a necessidade de uma experiência mais profunda e um maior conhecimento das coisas divinas, e tereis fome e sede de justiça. Instareis com Deus, e vossa fé se fortalecerá e vossa alma beberá livremente da fonte da salvação.” (EGW)
Não precisamos sair a países pagãos para trabalharmos para Deus. O contexto em que vivemos já nos dá muitas oportunidades de testemunho.
“Não deveis esperar grandes ocasiões ou habilitações extraordináriaspara então trabalhardes por Deus.” (EGW)
“O que têm de fazer é simplesmente prosseguir tranquilos, realizando fielmente a obra que a providência de Deus lhes designa, e sua vida não será em vão. Seu próprio ser irá se desenvolver cada vez mais à semelhança de Cristo; tornam-se mensageiros de Deus nesta vida, e desse modo estão se habilitando para a obra mais elevada e a felicidade verdadeira da vida por vir.” (EGW)
Capítulo 10 – O Deus que eu conheço
O Senhor se revela a nós (também) através da natureza. Enquanto Cristo viveu nesta terra, sempre deu exemplos na natureza. O amor de Deus é revelado em cada obra criadora, obras que nunca conseguimos entender por completo. A recomendação da autora é que
“Enquanto vos deleitais nas atraentes belezas da Terra, pensai no mundo por vir, o qual não conhecerá jamais a mancha do pecado e morte, onde a face da natureza não mais apresentará as sombras da maldição” (EGW)
Deus fala a nós também por Sua Palavra. Essa é uma forma mais clara dEle se revelar a nós. As histórias apresentadas nas escrituras sagradas são inspiradoras para nós, no sentido de que temos esperança na mudança de vida, já que outros seres humanos “sujeitos às mesmas paixões que nós” também mudaram.
Devemos encher nosso coração com as palavras da escritura, ela é considerada um rico manancial que mata a sede do que está perdido. Assim como nosso corpo é formado do que nos alimentamos fisicamente, assim também o é de acordo com o nosso alimento espiritual.
Outro ponto destacado é que a bíblia não foi escrita unicamente para as pessoas cultas. A mensagem da salvação é clara e deve ser conhecida por todas as pessoas. Não devemos basear nossa fé no que diz algum homem mas sim irmos diretamente à fonte, que é a escritura.
A bíblia deve ser estudada. Apesar de haver textos claros, há também textos que necessitam de um maior cuidado para a compreensão. Tal estudo deve ser acompanhado de oração pedindo a iluminação do Espírito Santo para compreensão das verdades ali escritas. Será de pouco valor se a bíblia for lida apressadamente. Será melhor ler menos capítulos com uma compreensão clara do que vários capítulos superficialmente.
“Jesus ver-nos-á também nos lugares secretos de oração, se dEle buscarmos a luz para saber qual a verdade. Anjos do mundo da luz assistirão àqueles que, em humildade de coração, buscarem a guia divina” (EGW)
Capítulo 11 – O Privilégio de Falar com Deus
Deus fala conosco através de seu Espírito, da Sua palavra e da sua providência mas isso não é o suficiente. Devemos também “revelar” para Deus as nossas angústias e alegrias. Quando Jesus esteve na terra ensinou seus discípulos a buscarem ao Senhor através da oração pedindo por todas as coisas, mesmo as mais cotidianas. A oração é um privilégio e traz do céu grande chuva de bênção:
“Se atendemos ainda à iniqüidade em nosso coração, se nos apegarmos a algum pecado consciente, o Senhor não nos ouvirá; mas a oração da alma penitente e contrita será sempre aceita.” (EGW)
Também deve ser considerada a fé, elemento essencial na oração. A bíblia diz que ao que se aproxima de Deus é necessário que “creia que Ele existe e é galardoador dos que o buscam”. Outro elemento é a perseverança: a bíblia diz “perseverai em oração”. Por vezes queremos respostas imediatistas mas temos que buscar de Deus e esperar até que Ele nos dê resposta.
A oração em família deve ser colocada em prática e, sobretudo, a oração individual, secreta. Essas eram as orações de Enoque. E a esse respeito a autora diz:
“Satanás não pode vencer aquele cujo coração deste modo se firma em Deus.” (EGW)
Não existe também um lugar impróprio para elevar uma oração a Deus. Em tudo que fizermos, devemos “orar sem cessar”, em nossos pensamentos.
“Ainda que nos achemos numa atmosfera maculada e corrupta, não lhe somos forçados a respirar os miasmas, mas podemos viver no puro ambiente do Céu.” (EGW)
Por útimo, também é importante a frequência ao grupo de oração e adoração (à igreja):
A alma pode ascender para mais perto do Céu nas asas do louvor. Deus é adorado com hinos e músicas nas cortes celestes, e, ao exprimir-Lhe a nossa gratidão, estamo-nos aproximando do culto que Lhe é prestado pelas hostes celestes. “Aquele que oferece sacrifício de louvor Me glorificará.” Sal. 50:23. Cheguemos, pois, com reverente alegria a nosso Criador, com “ações de graças e voz de melodia”. Isa. 51:3.
Capítulo 12 – Expulse a Dúvida
Muitos conversos são frequentemente perturbados por questionamentos de céticos. Tais questionamentos levantam dúvidas sobre a fé na qual creem. Daí se perguntam: “como posso me livrar dessas dúvidas?”, ou: “como posso saber qual é, de fato, a verdade?”.
É importante considerar que Deus nunca pede que creiamos sem nos dar razões para isso. Nossa fé se baseia em evidências, no entanto não extingue a possibilidade de dúvida. Os que quiserem duvidar com certeza encontrarão motivos para isso.
Um ponto a ser destacado é que o caráter de Deus não pode ser totalmente compreendido por nós, seres humanos mortais. Da mesma forma como na natureza não conseguimos compreender muitas coisas, também não conseguimos compreender tudo sobre os mistérios de Deus e não é porque não compreendemos que podemos dizer que a palavra de Deus não é a verdade:
“Reconhecer que nos não é possível compreender plenamente as grandes verdades da Bíblia, é simplesmente admitir que a mente finita é incapaz de abranger o infinito; que o homem, com seu limitado conhecimento humano, não pode entender os desígnios do Onisciente.” (EGW)
Por não conseguirem compreender muitas coisas, os céticos rejeitam a palavra de Deus. Não aceitam humildemente que não podem compreender tudo o que ali se encontra. No entanto, há um propósito para Deus não revelar tudo para nós. Se tudo soubéssemos, não haveria motivos para buscar ao Senhor e crescer cada dia nEle e no conhecimento. Deus deseja que o homem exercite sua capacidade de raciocínio.
“Há uma prova que está ao alcance de todos – tanto do mais culto, como do mais iletrado – e esta é a da experiência. Deus nos convida a verificar por nós mesmos a veracidade de Sua Palavra, a fidelidade de Suas promessas. Ele nos convida: “Provai e vede que o Senhor é bom.” Sal. 34:8.” (EGW)
Deus colocou em sua palavra o plano da salvação de uma maneira muito simples de ser compreendida. De fato, a bíblia revela claramente o que precisamos saber para nossa salvação.
Só conseguimos entender as verdades por iluminação do Espírito Santo. Em muitos casos, os incrédulos não acreditam na palavra de Deus por amor ao pecado. O fiel e humilde, no entanto, aceita sua pequenez diante de um Deus tão grandioso e com tantos mistérios.
“Podemos alegrar-nos no fato de que, tudo que nos tem causado perplexidade nas providências de Deus, nos ficará patente, então; coisas difíceis de compreender, hão de ser explicadas; e onde nossa mente finita só descobria confusão e truncados desígnios, veremos a mais perfeita e bela harmonia.” (EGW)
Capítulo 13 – Regozijo no Senhor
Os cristãos têm o papel de refletir a imagem de Cristo, dar testemunho dEle. Devem mostrar ao mundo que o trabalho para o Salvador traz alegria a seus corações.
“Cristãos que acumulam sombras e tristezas em sua alma, que murmuram e se queixam, estão dando aos outros uma falsa idéia de Deus e da vida cristã. Dão a impressão de que Deus não Se compraz em que Seus filhos sejam felizes, dando assim um falso testemunho de nosso Pai celestial.” (EGW)
Muitas pessoas se apegam aos erros que cometeram e expressam com frequência tristeza e amargura. Esquecem que sua vida há também inúmeros “quadros luminosos”, das bênçãos que Deus concedeu.
“Que a vossa conversação tenha por objeto Aquele que vive para interceder por vós perante o Pai. Ao pegardes na mão de um amigo, esteja em vossos lábios e coração um louvor a Deus. Isso há de atrair seus pensamentos para Jesus.” (EGW)
As nossas aflições devem ser levadas a Deus em oração e não espalhadas ao mundo. Há muitas almas que estão a ponto de perder a batalha com o poder do mal e um “testemunho” de aflições pode trazer ainda mais desânimo a elas. Pelo contrário, devemos procurar animá-las.
Cristo era sério em suas ações, no entanto não transparecia sua tremenda dor e sofrimento. DEle saíam paz e alegria. Predominavam bons sentimentos. Olhava para os outros com amor.
“Enquanto deixarmos predominar na lembrança os atos desagradáveis e injustos de outros, parecer-nos-á impossível amá-los como Cristo nos ama; se, porém, nossos pensamentos se fixam no extraordinário amor e piedade de Cristo para conosco, esse mesmo espírito irradiará de nós para os nossos semelhantes.” (EGW)
“Empreendamos, pois, nossa tarefa onde quer que a encontremos, crendo que, seja o que for que sobrevier, ser-nos-á concedida a força proporcional à provação. E afinal abrir-se-ão as portas do Céu para dar entrada aos filhos de Deus, e dos lábios do Rei da glória brotarão as palavras que lhes soarão aos ouvidos qual música inefável: “Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.” Mat. 25:34. ” (EGW)
