quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ambição desmedida

Se aconselhássemos a cada um que se satisfaça com aquilo que tem, não estaríamos sendo sinceros. E ainda mais, estaríamos sonhando com um mundo utópico, estaríamos querendo outro mundo. Achamos que a ambição é louvável, pois é ela que nos impulsiona a grandes realizações. Mas a ambição só é meritória, quando acompanhada da vontade de fazer os outros felizes. O amor nos faz contentes. O que  vive só para si, está sempre descontente consigo e com os outros. Vamos nos identificar com os que sofrem.






Neste mundo competitivo o número dos descontentes é grande. As dificuldades e desigualdades da vida contribuem para a formação dos insatisfeitos. É comum fazermos comparação com aquilo que nos falta. 
Se nos detivermos em estudar a história da humanidade, verificaremos que nossos antepassados ficaram sem o açúcar até o século XIII, sem o carvão até do século XIV, sem a manteiga até o século XVI, sem sabão até o século XVII, sem gás, fósforos e eletricidade até o século XIX,  sem automóveis e alimentos congelados até o século XX, viveram sem nada disso. Não tinham luz elétrica, mas usavam lampiões  Não tinham automóveis, mas usavam outros meios rudimentares para locomoção.
O avanço tecnológico e cientifico nos proporciona o conforto, mas não nos dá o contentamento espiritual. 
O grande segredo para alcançarmos o contentamento é não sermos envolvidos pelo que nos falta. 
O contentamento está diretamente ligado aquilo que temos e não a dependência daquilo que podemos alcançar. 
Sêneca aconselhava: "Desfrutemos do que possuímos sem jamais fazer comparações; nunca haverá felicidade para o homem a quem atormenta o desejo de outra melhor."
Bom seria olharmos para aqueles que são menos afortunados que nós e jamais procuremos traçar paralelos com os que possuem mais.
Se desejamos pouco, basta pouco, porém tenhamos a certeza  desta assertiva: "não basta muito a quem muito deseja."
Para que haja contentamento em nosso viver, precisamos de muito pouco. Saibamos buscar a satisfação nos incontáveis benefícios da vida e não nas belezas criadas do mundo. 
Tenhamos o cuidado em não sermos envolvidos pelo desejo de buscar o que nunca vamos alcançar. 
A escravidão que sobrevém aos eternos descontentes não recebe libertação.
Uma grande verdade está contida na afirmação: "fortifica-te com o contentamento, que é uma fortaleza inexpugnável."
Só convém ambicionarmos aquilo que podemos alcançar. Dosemos nossas ambições, para que não vivamos  em busca do impossível. 

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