É por demais conhecida a história bíblica da mulher, que apanhada em adultério, foi conduzida por seus acusadores à presença de Jesus. Segundo as leis da época , ela deveria ser apedrejada. Do Mestre indagavam: "Tu, pois, que dizes? "Todos esperam ouvir a sentença final e a ordem de apedrejamento. Talvez alguns já estivessem juntando as pedras, que levariam a condenada ao suplicio.
Dos lábios do Mestre partiu, no entanto, para surpresa da multidão, a mais humana e surpreendente resposta que poderia imaginar. As palavras textuais foram: "aquele de dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire pedra."
Os acusadores e a multidão foram se retirando um por um.
Eram acusadores por sua própria consciência.
Todos tinham suas faltas e transgressões.
Ninguém ousou jogar sobre a mulher, uma pedra sequer. naquele instante, a pedra que fosse atirada, poderia voltar e ferir o próprio vingador.
De súbito o Mestre se vê a sós com a mulher. O silêncio até ali reinante, foi quebrado com uma significativa pergunta: "Mulher, onde estão teus acusadores?" Ninguém te condenou ? Ninguém Senhor, - foi a resposta da mulher - "Nem eu também te condeno; vai e não peques mais."
Quando pensamos nessa lição de perdão, nos lembramos daqueles versos de Casemiro de Abreu:
"Seja grande embora o crime
O perdão sempre é sublime."
O perdão recebido pela mulher adúltera, transformou por completo sua vida. Foi uma oportunidade maravilhosa para a restauração de uma vida transviada. Tanto é que ela tornou-se, segundo o relato, a mais devota seguidora do Mestre.
Conta-se que um incorrigível soldado, já havia recebido toda espécie de punição. Conduzido mais uma vez à presença dos oficiais, como reincidente, durante o diálogo, alguém sugeriu: "Ele jamis foi perdoado." Experimentaram aplicar naquele soldado o poder do perdão. Redundou no mais amplo sucesso. O soldado, aquele momento em diante, jamis voltou a criar problemas e, em sua vida, passou a ter, também, conduta exemplar.
É dever nosso tolerar os erros cometidos pelo próximo. Nós também estamos sujeitos a pisar, em falso, nos degraus da vida. Todos gostamos de ser compreendidos.
Rueckert chama nossa atenção para uma grande verdade, ao dizer que devemos perdoar a quem deu um passo em falso; lembrando que também temos um pé que pode falhar.
O perdão é sublime.
O perdão tem poder.
Sublime poder do perdão.
Perdoar é próprio das almas generosas. Não devemos guardar rancor. Os meios mais eficazes que devemos empregar para combater o mal, são a mansidão, a clemência e a longanimidade.
O forte perdoa. O fraco, na vingança é sempre feroz.
Deixemos de retribuir as injustiças sofridas. Tenhamos a sensibilidade de conceder o perdão.
Perdoar é esquecer.
Perdoar é amar.
Esquecer as faltas do seu próximo.
Procure amá-lo como ele é.
Não o condene, demonstre-lhe compreensão e simpatia, e leve-o a sentir o Sublime o Poder do Perdão.
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