quarta-feira, 7 de março de 2012

A Luz Dissipa Trevas


As crianças têm suas maneiras próprias de expressar seus pensamentos. Em muitas oportunidades elas definem melhor do que nós a realidade que vêem. Sempre apreciamos trocar palavras com as crianças. Todos temos muito a contar das colocações que nossos filhos, quando pequenos, fizeram. Quantas vezes somos compelidos a refletir sobre suas palavras.
Robert Louis Stevenson, quando criança, estava na janela de sua casa observando o movimento da rua, quando viu o acendedor de gás segurando, numa de suas mãos, a tocha dos focos.
-" Mamãe " - gritou o pequeno Stevenson - " há um homem lá fora fazendo buracos no escuro."

Esta é uma, dentre tantas frases infantis, que também nos leva a pensar. Estas palavras tem muito significado. Encerram uma grande verdade.

A natureza da luz é um dos mais fundamentais enigmas da ciência, escreveu um notável físico. Todos sabemos que uma onda de luz é absolutamente invariável, sendo, por isso mesmo, adotada como a mais acurada norma de medida. Nós não podemos ver toda a luz existente. Nossos olhos não vêem mais do que quatro por cento. Apenas quatro por cento. O resto é invisível.

A luz é irreprimível. Todas as trevas o mundo dão caminho à luz, embora se trate de um diminuto raio de luz.

Nos caminhos da vida, devemos proceder como aquele homem que se encontrava, ao cair da noite, em pleno exercício de suas atividades profissionais, "fazendo buracos no escuro."

De nada adianta culparmos os outros pela escuridão do mundo. De nada adianta buscarmos saber quem são os responsáveis pela fome, pela miséria, pelos crimes e pela guerra. Estes, dentre muitos, são alguns dos pontos escuros do nosso mundo. É necessário empregarmos todos os nossos esforços numa tentativa para diminuir ou neutralizar tais problemas.

Precisamos acender as nossas luzes, deixá-las brilhar para dissipar a escuridão que nos envolve.

É muito perigoso nos acomodarmos na negligência, ficando à espera de que outros venham fazer aquilo que nos cabe, diante dos compromissos intransferíveis da vida. Cada um tem a sua "tocha. Cada um tem tarefas a cumprir por um mundo melhor. Somente alcançaremos uma sociedade mais humana e justa, que tanto sonhamos para nós e nossos filhos, desde que, naturalmente, cada um cumpra com suas responsabilidades.

Disse alguém que a "decadência de uma sociedade ou de uma nação, se revela todas as vezes que os indivíduos clamam somente por Direitos e se esquecem dos Deveres.

O mundo precisa, mais do que nunca, de homens dispostos a acender luzes do entendimento, da paz, do amor, da tolerância e da caridade.

Deixemos nossa luz brilhar. Seus raios vitalizantes vão fazer benéficos "buracos" no escuro da vida do nosso próximo, rompendo com as trevas. Onde há luz há vida e se cada um fizer brilhar sua luz, poderá dizer, numa exclamação prévia de vitória: no meio de tanta luz e de tanta vida, não receio nem as trevas nem a ignorância.

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