sábado, 19 de março de 2011

Afinal, quem és ?


Quem és afinal????
Uma mulher real, uma índia tribal, fugaz de arraial, ou apenas uma mulher a fugir do normal......
Quem és afinal???
Sincera, não sei, componente da grei, uma plebéia ou uma rainha, vulgar ou profetiza, que a verdade acoberta, sob pena da lei......
Quem és afinal???
Uma porta aberta, uma ladra de aresta, uma viola em seresta, és um anjo ou o pecado, odiada ou amada, uma ingênua ou safada, és apenas poeta......
A expor os sentidos, os sonhos adormecidos, os desejos incontidos, que explodem no peito, num estrondoso efeito, liberando a paixão, vigorosa tesão, vinda do coração, que te faz satisfeita......
Quem és afinal???
Escritora conhecida, ou anônima bandida, que faz simples palavras, transformar-se em lavas, de um ativo vulcão, em eterna explosão, que preenchem o vazio, saciando o cio, do bailado vadio, de corpos em união......
Quem és afinal???
És uma amante ardente, com o olhar tão carente, cuja boca gulosa, geme às vezes manhosa, ao sentir o furor, do beijar com ardor, a buscar a fartura, do sabor da aventura, na entrega irrestrita, de um ato de amar.

Uma certeza eu tenho, você é mulher...

E mulheres são tantas, Sophias, Samanthas, Jaciras, Goretes, Helenas, Ivetes, Luizas e Telmas, Cristinas e Velmas, Valerias e Floras, Auris e Isadoras, Marlenes e Marrys, Elianes e Cherrys, Anas e Mônias, Claudetes e Sonias, Martas e Camilas, Marias e Cecílias, que aprisionam a gente, em trama envolvente, buscando nos atos, com beijos e tatos, nos levar à loucura, tamanha a fartura, de um imenso gozar, na hora de amar......
Não esquecendo daquelas, que se fingem donzelas, com ares de novatas, pudicas, sensatas, na arte do amor, porém basta um toque, bem mais abusado, certeiro, ousado, que então se transformam, no gemer extrapolam, mostrando-se prontas, para se entregar, numa ardência sem par......
Iguais fêmeas em cios, com olhares vadios, seus machos provocam, quando gulosas enfocam, o sexo do amante, já ereto e vibrante, tornando-os cordeiros, que obedecem ordeiros, todas as vontades, desejos, vaidades, quais cachorros sem dono, que estão em abandono, e então finalmente, de maneira carente, encontram o carinho, do aconchego do ninho, que produz alimento, para a fome aplacar......
São tantas mulheres, que trazem nas peles, cheiros diferentes, suaves, ardentes, e nós que emanamos, nos embriagamos, vorazes ficamos, por tantas beldades, que da sensualidade, edificam suas armas, tais quais caçadoras, viris predadoras, que atacam ardilosas, de maneiras manhosas, nos deixando prostrados, por seivas banhados, arfando em orgasmos, que fazem extasiar......
Seus nomes bonitos são convites fortuitos, que estimulam rituais, de prazeres carnais, viramos cobaias, para essas Deusas de saias, que nos apetecem, acalmam, arrefecem, nossa mente entorpecem, e somente por elas que nos arrumamos, o corpo perfumamos, como meros atores coadjuvantes, disfarçados em amantes, procurando seus papeis, convincentes interpretar, torcendo pra não errar, pois apesar do machismo que ainda enaltecemos, é para e por essas mulheres, que simplesmente vivemos.


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