quarta-feira, 4 de junho de 2014

Mas o que mais podem as mãos?






Com as mãos podemos: Oferecer apoio no momento certo,
estendê-las para consolar,
segurar firme para amparar quem precisa.
Mas o que mais podem as mãos?
As mãos saúdam, as mãos sinalizam, as mãos envolvem, dão carinho, as mãos estabelecem limites, escrevem e abençoam.
As mãos desenham no ar o 'adeus', o 'até logo'.
As mãos agasalham e curam feridas.
Para o mudo a mão é o verbo.
Para o idoso é a segurança.
Para o irascível a mão erguida é ameaça.
Para o pedinte a mão estendida é súplica.
Para quem ama, a mão silenciosa, que acolhe a do ser amado, é felicidade.
Para quem chora, a mão alheia é conforto.
Há mãos que agarram, perturbadas.
Há mãos que tocam, suaves.
Há mãos que ferem.
Há mãos que acariciam.
Há mãos que amaldiçoam.
Há mãos que abençoam.
Há mãos que destroem
e há mãos que edificam, trabalham e realizam.
Há pessoas que transmitem energias, através da imposição das mãos, entregando-se
a essa tarefa tão bela de amor.
As nossas mãos podem exteriorizar o amor,
construindo templos, hospitais e escolas;
fabricando vacinas e equipamentos médicos;
alimentando famintos, medicando enfermos...
Podem concretizar a paz social assinando tratados de armistício, escrevendo livros, guiando carros, pilotando aviões, varrendo ruas, tocando instrumentos musicais, pintando telas, esculpindo, construindo móveis, prestando serviços...
Podem manifestar fraternidade, ao lembrarmos da essencialidade do ser humano, da sensibilidade, da empatia, estendendo-as a um irmão que, num dia difícil, se põe a chorar.
As nossas mãos são abençoadas ferramentas para a construção de um mundo melhor.
Usêmo-las sempre para edificar, elevar,
dignificar, apoiar e acenar com a
esperança de melhores dias.

Adaptação feita por mim de um poema de Blaninne Sharoon

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