Ai daqueles que brincam com a esperança de um povo!
Ai daqueles que se banqueteiam junto à fome de seus irmãos!
Ai daqueles que são fúteis numa hora grave,
Indiferentes num momento definitivo!
Ai daqueles que fazem da mentira a verdade de suas vidas!
Ai daqueles que usam os simples como degraus de sua vaidade
e instrumento de sua ambição!
Ai daqueles que fabricam com a violência a trama do medo!
Ai daqueles que usam o dinheiro para prostituir,
humilhar e deformar!
Ai daqueles que se atordoam
para fugir das próprias responsabilidades!
Ai daqueles que traficam a terra de seus mortos, enxovalham
tradições e traem compromissos com o presente e com o futuro!
Ai daqueles que se fazem de fracos no instante da tempestade!
Ai daqueles que se acomodam a tudo, que se resignam a tudo,
que se entregam sem lutar!
Ai daqueles que loteiam seus corações, alugam suas consciências,
transacionam com a honra,
especulam com o bem, açambarcam a
felicidade alheia e erguem virtudes falsas sobre pântanos!
Ai daqueles que concordam em morrer vivos!
PAULO BONFIM
Olá Vera, e que tudo esteja bem!
ResponderExcluirPois é prezada Vera, infelizmente este nosso belo e sofrido planeta está infestado daqueles, infelizmente nós ainda convivemos e, muitos de nós ainda idolatramos estes daqueles, infelizmente!
Uma bela postagem, pensamento nobre, obrigado por compartilhar.
E que o teu viver seja sempre de felicidade intensa, um grande abraço e, até mais!