quinta-feira, 20 de junho de 2013

Gratidão








"Todo o nosso descontentamento por aquilo que nos falta procede da nossa falta de gratidão por aquilo que temos" Daniel Defoe

“Coisa alguma tende mais a promover a saúde do corpo e da alma do que um espírito de gratidão”. É esse espírito de gratidão, essa predisposição para reconhecer o que foi feito por você que tem impressionado. Na verdade, é a ausência de gratidão que preocupa.

Geralmente o ingrato não vê os favores que lhe são feitos. Pode ser também um neurótico obsessivo, com uma percepção seletiva tão doentia que não percebe a ausência, o negativo, o que os outros deixam de fazer por ele. Por isso está sempre lamentando, gemendo, resmungando, alimentando autopiedade, que culmina na depressão. Alguns chegam a dizer que a depressão é falta de gratidão, ou seja, que o depressivo é um ingrato.

A gratidão é um hábito formado pela repetição continua de comportamentos de reconhecimento. Como ela exige prática, cultivo e desenvolvimento, culmina numa virtude – um vício positivo. Nessa condição de gratidão, todos os aspectos da vida da pessoa são afetados. Ela agradece o amor, os prazeres, os desafios do crescimento, a escolha sempre presente, as lições aprendidas da experiência.

A gratidão é um atributo da personalidade sadia com sua apreciação renovadora. Ela está continuamente, vendo em cada nascer do sol uma nova esperança; no desabrochar da flor um crescimento; no sorriso de uma criança a espontaneidade; na lua cheia a renovação do amor; e na dinâmica da vida o prazer de existir.

A recompensa da gratidão está em dividir. O maior prejuízo do ingrato é não conseguir partilhar. Ele só sabe guardar, perdendo os benefícios da reciprocidade. Já o agradecido reparte com os outros a sua alegria, felicidade, prazer e vitorias e os recebe de volta com juros e correção monetária.

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