sábado, 12 de janeiro de 2013

A Ocasião






Certos momentos, disse Dean Alford, valem mais do que anos. Não podemos obstar isso. Não há proporção entre a extensão do tempo e o seu valor. Cinco minutos podem conter o futuro de uma vida inteira. E quem poderá dizer quando encontraremos este momento supremo? ou neste momento aterrador ??
Um visitante, numa sala de escultura, ao ver entre outros um deus, com o rosto oculto pelos cabelos e com asas nos pés, indaga curioso: "Que nome tem?"
"Ocasião" - respondeu o escultor.
"Porque tem o rosto escondido?"
"Porque os homens raramente o vêem, quando se aproximam dele."
"E porque tem asas nos pés?"
"Porque rapidamente vem e mais rapidamente vai embora, e uma vez ido, nunca mais o apanha."

Um escritor latino, disse: "A ocasião tem só cabelos à frente, por detrás é calva. Se apanhardes de frente, podereis agarrá-la, mas se a deixardes escapar, nem o próprio Júpiter conseguirá apanhá-la.

Somente os indecisos reclamam da falta de ocasião. Criando algumas ocasiões, veremos que outras surgirão naturalmente na vida de cada um.

Existem muitos exemplos de homens que aproveitaram a ocasião e realizarão coisas consideradas impossíveis. Criaram as ocasiões e souberam aproveitá-las.

O mal é que muitos esperam uma ocasião excepcional, que, talvez nunca surja.

Vêem sempre o dever no passado ou no futuro e nunca no momento presente. Não sabem aproveitar a ocasião.

Se aproveitarmos a ocasião criaremos outras, para nós e para outros.

A única diferença, na maioria das vezes, que existe entre o homem comum e o herói é apenas a ocasião que  o último soube criar e aproveitar, muito bem, num rasgo de coragem ou num gesto de grandeza, diante dos quais, o primeiro, permaneceria paralisado pelo imobilismo próprio ao comum dos homens. 

O herói não se acha onde se procura, mas surge de onde não se espera. Não nasce herói, mas se torna herói num instante, num momento que sobrevém sem data, sem aviso, sem dia marcado, mas cuja ocasião foi aproveitada.

Se não formos heróis perante os olhos do mundo porque não construímos um reino, não vencemos uma batalha, não fomos à lua ou não praticamos um ato de grandeza extrema ou de notoriedade, não importa.

Se conseguirmos vencer os ímpetos sôfregos para o mal, reprimir a cólera, sufocar o ódio e , em lugar de ira cultivar a paciência, onde impera o ódio plantar amor, onde reina o mal semear bondade, seremos grandes perante nós mesmos, heróis anônimos, desconhecidos, mas heróis.

Chegar a ser herói parece difícil. Talvez nossa ocasião não seja assim tão extraordinária, mas basta provocarmos oportunidades para triunfarmos sobre nós mesmos e conquistaremos valor, convertendo pequenas em grandes ocasiões.

É necessário, para alcançar o triunfo, tornar grande a ocasião.

Aprender a tirar partido das ocasiões é a maneira mais indicada de ingressar no caminho rumo ao sucesso, em cujas subidas, curvas, paradas ou descidas, podem estar, à espera de cada um, o triunfo, a glória e o heroísmo.

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