sábado, 29 de dezembro de 2012

As Boas Ações Aproximam os Homens







É conhecida a história do homem que foi convocado para comparecer à presença de um rei. Temeroso, pediu a três amigos que o acompanhassem.
O primeiro recusou-se.
O segundo concordou em ir até o portão do palácio.
Apenas o terceiro prontificou-se a acompanhá-lo, indo até a presença do rei. Seus argumentos, em defesa do homem, foram tão conviventes, que o rei não teve duvidas em absolvê-lo das acusações que lhe eram imputadas. 
Alguém traçou um paralelo com esta história, dizendo que o homem quando morre, é conduzido a presença de Deus. 
Ele tem três amigos.
O primeiro é o seu dinheiro, não pode acompanhá-lo. Passa para a companhia dos outros.
O segundo, representado pelos entes queridos, não podem ir alem do cemitério, para a derradeira despedida.
Mas o terceiro amigo, que são as boas ações, é o único capaz de acompanhá-lo sempre. 
É na prática constante de boas ações que formaremos os caracteres que vão nos acompanhar nesta vida e por toda a eternidade..
Segundo o ensino bíblico, não seremos justificados por nossas próprias obras. Este crédito pertence ao Criador. É Ele quem justifica. Mas a fé sem as obras é morta.
Demócrito dizia que "as boas obras devem ser feitas não por impulso, mas por convicção; não por esperança do prêmio; mas por seu próprio valor. Uma pessoa deveria sentir mais vergonha  em fazer  mal diante de si mesmo, do que diante de todo mundo."
Na prática de boas ações estamos construindo um monumento em vida. A sociedade saberá respeitá-lo. Seremos lembrados pelas nossas ações. Os homens sempre respeitam os títulos das boas ações. 
Para Saint-Pierre são estes os únicos títulos acatados e respeitados pelos homens. 
Isso acontece com a raça humana, em toda a sua história.
Quando pensamos em alguém, que já partiu, procuramos saber de suas obras. A vida são as obras.
As boas ações sobrevivem ao homem.
Olhando o mundo de nossos dias , dividido, onde reina tanta desesperança e tanto caos, temos a sensação de que nele se pratica dia a dia, uma quantidade maior de más ações.
O homem quer o seu bem, em detrimento do seu semelhante.
Existem meios, quando usados com sabedoria , capazes de fazer com que o bem atinja a satisfação a todos.
As boas intenções devem ser executadas. Nenhum valor tem a intenção. Temos, ao nosso alcance , "inúmeras formas para amenizar as condições que causam desespero na vida de muitos."
Somente praticando boas ações é que encontraremos a felicidade. Não há felicidade sem ação. Quanto mais se praticar o bem, maiores serão nossas chances de desfrutar as alegrias da felicidade.
Para Montesquieu, devemos praticar, na paz, o maior bem, e na guerra, o menor mal possível, eis aí - completava ele - o verdadeiro direito das gentes.
O mundo necessita de homens dispostos à prática de boas ações, para quebrar os grilhões do egoísmo e da incompreensão.
As boas ações aproximam os homens. Fazem deles irmãos.
São estas as tuas obras - aconselhava Virgílio - impor as condições da paz, perdoar o humilde e derribar o soberbo.
As boas ações sobrevivem.
Sobreviva com suas boas ações.
Dê esse privilégio a seus entes queridos.
Pelas nossas ações seremos julgados.
Pelas nossas ações construiremos o mundo.
Pelas nossas ações sobreviveremos.


0 comentários:

Postar um comentário