quinta-feira, 19 de julho de 2012

Ouça música



A música tem efeitos muito benéficos para a saúde física e mental. Já não é de hoje que os cientistas vêm estudando o fenômeno. Entre outras coisas, a música pode acalmar, estimular a criatividade e a concentração, além de ajudar na cura de uma porção de doenças.
Pesquisa feita no Instituto de Psicologia da USP mostrou que crianças hiperativas conseguem atingir um grau de concentração muito maior se estiverem ouvindo música.

Pesquisas canadenses provaram que crianças que estudam música precocemente têm desenvolvimento intelectual melhor do que as que não tiveram nenhum contato com ela.

"A música é capaz de mudar a freqüência das ondas cerebrais. Já foi provado, por exemplo, que clássicos de compositores como Bach, Beethoven e Mozart deixam as ondas cerebrais com o mesmo comportamento, ou seja, com o mesmo potencial elétrico, de um indivíduo em repouso", afirma Luiz Celso Vilanova, médico neurologista, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). "Esse estado é chamado ritmo alfa e ocorre quando a pessoa está muito relaxada ou não está pensando em nada, como em algumas meditações."
Entre os clássicos citados, o austríaco Wolfgang Amadeus Mozart merece um destaque. O poder do compositor vem sendo alvo de diversas pesquisas
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A Universidade da Califórnia em Los Angeles mostrou, no início da década de 1990, que a execução da Sonata para Dois Pianos em Ré Maior aumenta o número de conexões dos neurônios e melhora o raciocínio matemático em estudantes.

Uma vez que nosso organismo também tem um ritmo interno, ao entrar por nossos ouvidos, a música faz contato com este ritmo, interagindo com as atividades biológicas do nosso corpo. É assim que trabalha a musicoterapia, muito aplicada - e com bons resultados - no tratamento de pacientes com mal de Alzheimer, epilepsia, esquizofrenia e depressão, entre outras doenças.

"Não existem indicações que comprovem que a música tenha o poder de curar alguém. Mas podemos dizer que ela está diretamente associada à promoção da saúde", afirma Luiz Celso. Isso significa que ainda não é possível prescrever um Mozart em jejum ou duas doses de Beethoven após as refeições. Feita essa ressalva, é certo que eles podem, sim, trabalhar na prevenção de uma doença que virou epidemia nos dias de hoje: estresse. Até porque está mais do que provado que música relaxa - e muito.

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