Quando o sol golpeia no horizonte
e se vai reclinar por de trás do monte
como um boi colorado
repontado
pelo mango de noite
que tropeia
eu sofro a mágoa de tristeza,
a quietude sem fim da natureza
na saudade cruel que me maneia.
Xomíco!
Por que será
que Nosso Senhor nos dá
sem pena, nem julgamento,
a pua do pensamento
prá esporiar o coração?
Saudade!!!
Ela vem chegando,
tropereando...tropereando
tudo de bom que vivi.
Depois que a saudade apeia
amarra o pingo e sesteia,
nunca mais a gente ri.
Isto é: sempre há sorriso
mas para isso é preciso
enganar como perdiz
que piando numa moita
noutra se esconde afoita
fingindo que náo piou.
A gente não é feliz!
So ri dos dentes pra fora,
um gargalhar disfarçado,
uma risada amarela,
como potro atropelado
como boiada que estoura
na saída da cancela.
Saudade cheira a alecrim
mas é ruim que nem cupim
que dá em várzea de campo;
fere a gente de tal jeito
que o coração cá no peito
se banha nágua do pranto.
Olá Vera, desejo que tudo esteja bem contigo!
ResponderExcluirE por cá, sempre tem sido agradável passar, boas canções, belas imagens e belos textos sempre. Pois é, somente levamos daqui o que vivemos, e a saudade é uma de nossas companhias, ainda que as pessoas insistam em nos abandonar, a saudade insiste sempre em ficar, até o fim, sempre a nos acompanhar. Parabéns pelo belo texto de expressivos sentimentos.
Grato por tua amizade eu deixo meu desejo que você e todos ao redor tenham um viver deveras intenso e feliz, abraços e até mais!
Olá Sotnas, grata por seu comentário e incentivo.
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