quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Nenhum homem é uma ilha


John Donne, poeta jacobino inglês, considerado poeta metafísico, contemporâneo de Shakespeare, escreveu os seguintes versos:

No man is an island, entire of itself;
every man is a piece of the continent, a part of the main;
if a clod be washed away by the sea,
Europe is the less, as well as if a promontory were,
as well as if a manor of thy friend's or of thine own were.
Any man's death diminishes me,
because I am involved in mankind,
and therefore never send to know for whom the bell tolls;
it tolls for thee.

Na tradução de Paulo Vizioli, fica assim:

Nenhum homem é uma ilha, completa em si mesma;
todo homem é um pedaço do continente, uma parte da terra firme.
Se um torrão de terra for levado pelo mar,
a Europa fica menor, como se tivesse perdido um promontório,
ou perdido o solar de um teu amigo, ou o teu próprio.
A morte de qualquer homem diminui a mim,
porque na humanidade me encontro envolvido;
por isso, nunca mandes indagar por quem os sinos dobram.
Eles dobram por ti.


Estudo recente comprovou que o isolamento social faz mais mal a saúde do que fumo, álcool e obesidade. Assim, a amizade, o amor desinteressado, talvez a forma mais libertária do amor, torna-se um extraordinário tônico existencial.

E quando assim você se sentir, unido à humanidade, pelos elos que lhe são mais próximos, ao sentir que não é mais uma ilha e ao ouvir que os sinos dobram, não pergunta por quem eles o fazem. Eles dobram por ti.



Estamos sempre sozinhos, em conflito com tudo que nos rodeia, e na maioria das vezes não ouvimos o tanger dos sinos....


(Quitanda das Letras )

0 comentários:

Postar um comentário