quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sabedoria mais preciosa que pérolas


Imagine a cena. Certa manhã, enquanto você se dirige ao trabalho, vê na estrada uma anciã pedindo carona. Pelas roupas que veste, a mulher é pobre, e pelo aspecto do rosto está passando mal. Você tem pressa. No entanto, seu coração fala mais alto e você pára. Ela pede para deixá-la no hospital mais próximo. Você percebe que ela está muito mal e acelera fundo. Durante a curta viagem, inadvertidamente, ela coloca um papel no seu bolso. Ao chegar no hospital, a anciã morre.

Aquela noite, em casa, você encontra o papel. A nota diz: “Sou uma mulher solitária. O único filho que tive, abandonou-me há muitos anos. O que ele ignora é que eu recebi uma herança. Tenho um milhão de dólares guardados no cofre do banco tal. O segredo do cofre é P X 0143. Se você me prestou socorro, o dinheiro é seu.”

O que você faria? Jogaria o papel fora? Pensaria que aquela mulher seria incapaz de ter um milhão de dólares? Ou correria ao banco para ver se é verdade?

Um milhão de dólares é muito dinheiro. Ninguém seria louco a ponto de fazer pouco caso de uma fortuna dessas. Mas existe algo muito mais precioso do que um milhão de dólares.

Falamos aqui da sabedoria. Sabe por que existem pessoas frustradas, fracassadas e infelizes? Porque não sabem viver. Podem ter dinheiro, fama, poder e cultura, mas não sabem viver. Existir não é viver. Viver é uma arte que requer sabedoria.

Sabedoria, não é só conhecimento. É a habilidade de usar o conhecimento. Uma pessoa pode possuir títulos doutorais, mas não sabedoria. Se você for sábio, fará da vida uma obra de arte, perfeita em todos os seus detalhes. E será feliz.


2 comentários:

  1. Olá Vera Mattos,

    Não vou comentar o texto que colocas, nem o desafio que propões.

    Vou antes contar-te um episódio:

    Num dia de Verão, em pleno Alentejo onde o calor sufoca atingindo os 40º, viajava uma autocaravana pelas imensas e infindáveis rectas, no meio de coisa nenhuma, com destino ao Algarve, cerca de 100 Km a Sul.

    Um casal e um filho adolescente compunham a tripulação de turistas numas Férias de Verão.

    Algures, no meio do nada, um vulto pedindo boleia, o que vocês chamam "corona".

    Ali perdido, com um saco plástico na mão, querendo ir.... para Norte.

    Entrou, e sentou-se no lugar do conjuge, previligiado.

    No seu rosto estavam esculpidas as rugas dos seus mais de 70 anos.

    Durante a viagem, para Norte, ao longo de mais de 50 Km, fomo-nos apercebendo da solidão daquela alma.

    Ia para o Centro de Saúde, a pé, a mais de 50 Km.

    Tinha consulta marcada para meio da tarde.

    Não tinha dinheiro.

    E no saco de plástico, transportava apenas os exames e as análises para mostar ao seu médico.

    Durante mais de uma hora de viagem fomos compartilhando com aquela criatura momentos que jamais esquecerá!

    Á chegada à cidade, preparámos-lhe uma lancheira com comida, fruta, bebida e uma nota para a viagem de regresso.

    A tal criatura, um velhinho sem eira nem beira, não queria nada daquilo.

    Queria apenas que esperássemos por ele no final da consulta, que iria connosco para a nossa Terra, a mais de 600 Km dali!

    Ali o deixámos, com alguma saudade e um aperto no peito!

    E a viagem seguiu o seu rumo, a Sul, agora a mais de 200 Km!!!

    É apenas uma história.

    Uma história entre tantas outras de idosos pedindo ajuda, ou apenas dois dedos de conversa!

    Será real?

    Será o milhão de dólares real?

    Terá o convívio com os idosos um preço tão elevado na Sociedade em que vivemos?

    Perguntas!

    Um abraço e até sempre,

    José Gonçalves
    (Guimarães)

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  2. Vamos pedir a Deus sabedoria e lembre-se de que ela “mais preciosa é do que pérolas, e tudo o que podes desejar não é comparável a ela.”

    Referente aos idosos, retribuo com o video ...

    Você faze parte dessa alegria inesperada que a vida nos dá. Muito obrigada! Numa epoca de tamanha inversão de valores, a sensibilidade ainda pode ser um farol a iluminar uma noite escura.

    Um abraço

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