terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fugindo de você

As coisas estão passando mais depressa
O tempo diminui
As árvores passam como vultos
A vida passa, o tempo passa
As imagens se confundem
Estou fugindo de mim mesmo
Fugindo do passado, do meu mundo assombrado
De tristeza, de incerteza
Fugindo de você


Eu vou voando pela vida sem querer chegar
Nada vai mudar meu rumo nem me fazer voltar
Vivo, fugindo, sem destino algum
Sigo caminhos que me levam a lugar nenhum


Tudo passa ainda mais depressa
O amor, a felicidade
O vento afasta uma lágrima
Que começa a rolar no meu rosto

Vou acender os faróis, já é noite
Agora são as luzes que passam por mim
Sinto um vazio imenso
Estou só na escuridão
Estou fugindo de você

Eu vou sem saber pra onde nem quando vou parar
Não, não deixo marcas no caminho pra não saber voltar
Às vezes sinto que o mundo se esqueceu de mim
Não, não sei por quanto tempo ainda eu vou viver assim


Por um momento tive a sensação
De ver você a meu lado
O banco está vazio

Vou parar de pensar em você
Pra prestar atenção na estrada

Vou sem saber pra onde nem quando vou parar
Não, não deixo marcas no caminho pra não saber voltar
Às vezes, às vezes sinto que o mundo se esqueceu de mim
Não, não sei por quanto tempo ainda eu vou viver assim

Eu vou, vou voando pela vida
Sem querer chegar

Um comentário:

  1. Olá Vera Mattos,

    Que posso dizer-te de uma poesia tão intensa?

    Que a viagem seja serena,

    Que a chegada seja tranquila,

    Que a descoberta seja a desejada.

    Um abraço e até sempre,

    José Gonçalves
    (Guimarães)

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