As coisas estão passando mais depressa
O tempo diminui
As árvores passam como vultos
A vida passa, o tempo passa
As imagens se confundem
Estou fugindo de mim mesmo
Fugindo do passado, do meu mundo assombrado
De tristeza, de incerteza
Fugindo de você
Eu vou voando pela vida sem querer chegar
Nada vai mudar meu rumo nem me fazer voltar
Vivo, fugindo, sem destino algum
Sigo caminhos que me levam a lugar nenhum
Tudo passa ainda mais depressa
O amor, a felicidade
O vento afasta uma lágrima
Que começa a rolar no meu rosto
Vou acender os faróis, já é noite
Agora são as luzes que passam por mim
Sinto um vazio imenso
Estou só na escuridão
Estou fugindo de você
Eu vou sem saber pra onde nem quando vou parar
Não, não deixo marcas no caminho pra não saber voltar
Às vezes sinto que o mundo se esqueceu de mim
Não, não sei por quanto tempo ainda eu vou viver assim
Por um momento tive a sensação
De ver você a meu lado
O banco está vazio
Vou parar de pensar em você
Pra prestar atenção na estrada
Vou sem saber pra onde nem quando vou parar
Não, não deixo marcas no caminho pra não saber voltar
Às vezes, às vezes sinto que o mundo se esqueceu de mim
Não, não sei por quanto tempo ainda eu vou viver assim
Eu vou, vou voando pela vida
Sem querer chegar
Olá Vera Mattos,
ResponderExcluirQue posso dizer-te de uma poesia tão intensa?
Que a viagem seja serena,
Que a chegada seja tranquila,
Que a descoberta seja a desejada.
Um abraço e até sempre,
José Gonçalves
(Guimarães)