quinta-feira, 9 de setembro de 2010

As palavras o vento leva




Sempre apreciamos o pensamento de Johann W. Goethe, quando diz: "se queres conhecer-te, age. Somente quando agimos é que nos medimos verdadeiramente com os demais".
"Entre as palavras e a ação medeia um grande abismo."
Se pensarmos um pouco veremos que muitas ações que praticamos em nossas vidas não precisariam ser questionadas. No entanto, muitas vezes nos detemos na busca de maiores explicações. O importante é o resultado que alcançamos.
Não queria encontrar a lógica no trabalho: Trabalhe.
Não queria encontrar a lógica em Deus: Creia.
Não queria encontrar a lógica na ação: Atue.
Não queria encontrar a lógica na caridade: Dê.
Não queria encontrar a lógica no amor: Ame.
Não queria encontrar a lógica na vida: Viva.
Não queria encontrar a lógica no servir: Sirva.
Examinando estas colocações, vemos que a prática é o necessário. Nestes casos podemos, sem nenhum prejuízo, deixar de lado as leis do raciocínio. O fazer, o agir, o crer, o dar, o amar, o viver, têm mais valor. É bem mais útil para a humanidade aquele que pratica. Ninguém, está impedido de praticar ações que enobreçam o gênero humano.
Ugo Fasolo escreveu que "uma parte dos homens age sem pensar; a outra pensa sem agir". De que lado temos nos colocado? Para praticar ações que redundem no bem, é dispensável qualquer dialética.
Todos sabemos que a realidade começa com a ação. Ela deve ser pronta. Algumas vezes retardamos a ação, em busca de algumas explicações e, no momento em que nos propomos executá-la, já é desnecessária. Perdeu a oportunidade e seus efeitos são inoperantes.
Convém fazer imediatamente tudo aquilo que entendemos por bom e justo. Quem muito pensa nem sempre realiza. É necessário apenas que tenhamos consciência da ação que vamos praticar. E quando ela redundar nalgum bem à própria pessoa e a seus semelhantes, deve ser praticada sem tardança.
Alguém afirmou que as "palavras o vento leva...as ações perduram". De nada adiantará nos determos apenas nas palavras, na busca da lógica, e deixarmos de praticar as ações que são necessárias e indispensáveis para aproximar os homens.
Tem valor o homem que é atuante no meio em que vive. Tem méritos aquele que não poupa esforços ou sacrifícios em prol do seu próximo.
É mais fácil medirmos o valor de um homem pelos atos que pratica. Existe muito mais grandeza o vermos alguém praticando um ato de bondade, que um versado em lógica, e vãs filosofias.
Minha posição não é contrária ao uso do raciocínio pelo homem. Este é necessário. Almejo, apenas, que o homem use o seu raciocínio para encontrar os meios de torná-lo mais atuante no meio em que vive.
"Se queres conhecer-te, age"

0 comentários:

Postar um comentário